Escalando consistência e eficiência no design da Dito
Com o crescimento da Dito como produto e como marca, ficou evidente a necessidade de consolidar uma linguagem visual coesa e processos mais estruturados para o time de marketing. O desafio não era apenas visual, mas também organizacional: era preciso garantir que a identidade da marca fosse compreendida, aplicada e mantida com qualidade em todos os pontos de contato.
O desafio
A identidade visual da Dito evoluiu rapidamente, impulsionada por novas iniciativas e frentes de negócio. No entanto, esse crescimento trouxe consigo inconsistências na aplicação da marca, dificuldades de acesso a ativos atualizados e desalinhamentos entre áreas.
Além disso, por ser uma marca priorizada para o digital, surgiram problemas no momento de imprimir materiais físicos, principalmente em relação à reprodução de cores. Garantir uma experiência fluída entre padrões digitais e físicos era uma prioridade.
Era necessário criar um sistema que organizasse e orientasse o uso da marca, facilitasse a manutenção e proporcionasse escalabilidade com governança.
Dinâmica de facilitação para entender os fluxos internos, processos e gaps do time.
Etapas na construção
Mapeamento de problemas e necessidades junto ao time de marketing
Pesquisa sobre maturidade de design e percepção de valor entre stakeholders
Entrevistas e workshops para entender fluxos internos e alinhar expectativas
Definição colaborativa de princípios: clareza, escalabilidade, consistência e qualidade
Diagnóstico de inconsistências visuais e definição de correções
Testes com ferramentas para documentação e integração com a stack existente
Princípios definidos pelo time
• Clareza
• Escalabilidade
• Consistência
• Qualidade
Definição de documentação
Building Blocks: Paletas de cores, escalas tipográficas, grids e icones;
UI Patterns: Templates, modulos, componentes e elementos;
Rules: Design principles, Guidelines e brandbook.
Processos/Ops: Documentações extras, orientações para designers, guias de processos
Ferramentas usadas
Ajustes de cor e acessibilidade
Durante a implementação, conduzi um estudo com base nos critérios da WCAG para verificar se as cores da marca atendiam aos padrões de acessibilidade. Além disso, converti as cores para os formatos CMYK e Pantone, solucionando as dores do marketing no processo de impressão e alinhando a identidade da Dito também no offline.
Todas essas definições foram documentadas em um arquivo mestre no Figma. Qualquer atualização visual era refletida automaticamente no styleguide, garantindo versionamento e rastreabilidade.
Reduzindo barreiras com linguagem inclusiva
Identificamos, durante a pesquisa com stakeholders, que muitos termos usados no dia a dia do design não eram compreendidos por pessoas de outras áreas. Para resolver isso, desenvolvemos um glossário dinâmico, acessível ao final de cada página da documentação. Ele foi alimentado com dúvidas frequentes de onboardings e feedbacks reais, promovendo inclusão e autonomia.
Recursos
A documentação reuniu tipografias e imagens nos formatos padrões, facilitando o acesso e reduzindo erros de uso. Isso garantiu mais consistência na comunicação interna e no respeito às diretrizes visuais definidas.
Documentação, processos e governança
Com a stack definida e validada, estruturamos um sistema para centralizar solicitações e sugestões de melhoria no Styleguide. Através de um formulário integrado ao Pipedrive, as demandas geravam cards automaticamente em um quadro Kanban, permitindo triagem e priorização pelo time de design.
Esse fluxo reduziu gargalos de comunicação e deu mais visibilidade ao trabalho de design como suporte estratégico para outras áreas.
Resultados alcançados
• Redução de erros visuais em peças de marketing
• Diminuição do tempo de criação e revisão de materiais
• Aumento da autonomia do time em relação ao uso da marca
• Melhoria na comunicação entre design, marketing e outras áreas
Conclusão
Mais do que um repositório visual, o Styleguide da Dito se tornou um sistema de apoio à escala, que fortaleceu a cultura de design na empresa. A iniciativa traduziu princípios abstratos em processos aplicáveis, alinhando marca, experiência e operação.
Esse projeto consolidou minha atuação como designer estratégico, unindo clareza visual, acessibilidade, governança e colaboração transversal.